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» Home » Crónicas e Artigos » Dr. Fernando Morgadinho Santos Coelho » Parassonias III - Disturbio comportamental do sono REM e ENURESE nocturna

 

Parassonias III - Disturbio comportamental
do sono REM e ENURESE nocturna

 

O distúrbio comportamental do sono REM é um distúrbio de sono caracterizado por ter actividade motora durante os sonhos com episódios de agressão àqueles que estão ao lado e muitas vezes acompanhados de sérios acidentes. O assunto tem sido abordado pela empresa e cinema nos últimos anos. Casos verídicos de julgamentos de assassinatos são vistos e a absolvição é dada após caracterização deste distúrbio. É um tipo de parassonia mais comum na segunda parte da noite e em pessoas com mais de 65 anos. Possui uma grande prevalência em pacientes de doenças neurodegenerativas como é o caso da doença de Parkinson.

O diagnóstico é realizado com um estudo de polissonografia onde se identifica o aumento da contratação muscular durante o sono REM. Vale lembrar que nesta fase do sono os músculos estão relaxados para não haver movimentos durante os sonhos. Nestes pacientes há movimentos durante os sonhos com comportamentos reacionais bizarros e muitas vezes agressivos. O tratamento consiste de cuidados com os parceiros e com o próprio paciente, para evitar traumatismos. Evitar janelas ou portas abertas, além dos medicamentos que podem controlar as crises. Em caso de familiar com este tipo de sintomas, é importante procurar auxílio médico para controlo e prevenção de acidentes.

A enurese nocturna se caracteriza por urinar na cama durante a noite após os cinco anos de idade. Normalmente, bem antes dos cinco anos as crianças largam as fraldas. Quando não houver autonomia no controle da urina durante a noite é que se caracteriza o problema. Neste caso é fundamental uma avaliação do sistema urológico desta criança para se afastar algum distúrbio como malformação das vias urinárias. Outra causa possível é as doenças neurológicas. Distúrbios na medula ou cérebro podem predispor à enurese nocturna. Quando todos estes factores forem descartados podemos pensar em distúrbio do sono.

A história familiar na enurese nocturna é muito importante. Filhos de pais com enurese nocturna possuem 25% de desenvolverem o mesmo problema. Quando somamos o pai e a mãe afectados podemos achegar a mais de 60% de possibilidades do filho ou filha possuírem a enurese nocturna. Não há um marcador diagnóstico específico para a doença. O tratamento inicial se baseia inicialmente por controle comportamental. São vendidos no mercado alarmes que disparam um sinal sonoro quando há percepção de líquido (urina) nos lençóis durante a noite. Com o som a criança acorda e controla a eliminação de urina. Outro factor muito importante é a ansiedade e depressão. A correlação desses pode piorar o quadro. Finalmente, o tratamento medicamentoso deve ser tentado quando as outras medidas falham. Toda a criança com enurese nocturna deve ter uma avaliação completa e um acompanhamento regular.

 

 

 

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